O 1º Cavaleiro

“ És negro como a noite
Lábios partidos do vento frio
Braços fortes de um ferreiro
Profissão bravia que escolheste
O som da bigorna é o tema vida
Martelando no peito teu

Rugas no rosto e um olhar de garra
É rude a lida, não tem sossego
Mãos calejadas e um couro de capa
Nó de pinho é travesseiro
Gotas de suor entre a fumaça
E esquenta a água no braseiro

Quanto é gostoso teu mate amargo
Traça as lembranças e a saudade
Artista negro tu és herói
Do robusto Rio Grande

Quantos cavalos que tu ferraste
Para as batalhas de anos passados
Viveste a serviço de um pago
Só a morte te aposentaria

E em silêncio tu pitas um palheiro
Olhando um filho outro ferreiro bravo
A fazer tudo que tu fazia
E ter lembranças como um troféu
E vai que um dia Deus lhe chame
A ser ferreiro lá no céu”

Poesia de autoria Gerson Seibel e meu irmão Paulo em homenagem a nosso Pai, Sebastião Iurkiewiecz (in memorian).

Tenho orgulho de meu pai, hoje “ferreiro lá no céu”. Do limão que lhe deu a vida, fez o refresco que nos alenta a alma até hoje. Sua bandeira sempre foi o trabalho, órfão foi dado em adoção. Perdeu os pais adotivos. Um tutor tirou-lhe os bens. Foi dado a outro casal e aos 9 anos era aprendiz de ferreiro. Aos 18 anos foi acometido de epilepsia, tombava 6 a 8 vezes ao dia. Perdeu vários empregos em razão da doença. Nunca reclamou nem aceitou as ofertas de aposentadoria por invalidez. Criou 6 filhos, foi generoso e sempre amou as crianças. Deixou um exemplo de superação e retidão de caráter.

Dedico a ele as ações em busca de um Brasil melhor. Sinceramente, vejo hoje aposentadorias descabidas, a do próprio Presidente da República ??… meu pai poderia ter aceitado as ofertas do Instituto de Previdência, mas preferiu trabalhar, contribuiu por mais de 40 anos aos Cofres Públicos e aposentou-se recebendo um salário mínimo por mês, uma tragédia financeira mas um recado poderoso. Este é o material do qual fomos forjados.

Em 1914 Rui Barbosa em tom de desabafo já anunciava.

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”

O tribuno baiano perdeu o duelo entre a pena e a espada nas acirradas eleições de 1910. O Marechal Hermes da Fonseca foi eleito presidente, todavia, seu discurso deixa latente um chamado a todos os Brasileiros.

O símbolo do movimento tem uma bandeira desfigurada sugerindo que o Brasil precisa de reformas, a espada na bainha é uma declaração de que a violência não será utilizada, pois o verdadeiro guerreiro deve vencer suas batalhas sem destruir vidas ou patrimônio.

Levantem suas bandeiras para combater a impunidade e este sistema.

Os maus só prosperam quando os bons se acovardam.

Entre os compromissos que assumi comigo mesmo, está a criação da Ordem dos Cavaleiros da Bandeira. Tem o objetivo claro de reunir homens e mulheres o assumam o compromisso de levantar a voz em nome da busca por um Brasil melhor para nossos filhos.

O compromisso de um cavaleiro.

  • Levar uma vida espartana.
  • Lutar pela convocação da Assembléia Constituinte.
  • Levantar a voz e mobilizar seu “regimento” sempre que necessário.
  • Ser um ativista político sem concorrer a cargos no poder público.
  • Combater a corrupção e ser exemplo de honestidade.
  • Ser voluntário nas causas sociais e ambientais.
  • Ser um vigilante da administração pública.

Existe um caminho pacífico para o estabelecimento de um Marco Divisor no Estado Brasileiro.

Uma Assembléia Constituinte tudo pode.

Pode garantir os Direitos que aí estão, mas acima de tudo pode estabelecer os Limites e as Penas para quem ultrapassa estes limites.